O ARENA DAS DUNAS
Construir um complexo esportivo em uma área de 45 hectares bem no centro da cidade. Esse foi o projeto que a Prefeitura de Natal e o Governo do Estado apresentaram à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para levar a capital a ser uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, realizado no Brasil.
O Estádio das Dunas é um projeto ousado e desenvolvido pela empresa inglesa HOK SVE, a maior do mundo em termos de construções esportivas. São bosques, hotéis, teatros, estacionamentos subterrâneos, prédios comerciais, shopping center, além de um centro administrativo do Governo do Estado e da Prefeitura, totalizando uma área de 45 hectares. Para desenvolver esse projeto, o cidade recorreu a HOK SVE, empresa de fama mundial e responsável pela criação de complexos esportivos conhecidos em todo o mundo, como o Wembley e o Emirates Stadium, ambos da Inglaterra, e a Arena Olímpica de Sidney, na Austrália.
O Estádio das Dunas será construído por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Desta forma, a venda dos espaços para comércio e residência - numa área útil 300.000 m² - vai gerar cerca de R$ 1 bilhão, verba suficiente para bancar o projeto do estádio. Além do moderno complexo esportivo, Natal utilizará sua vocação turística e sua infra-estrutura hoteleira para ser uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014.
O estádio, que foi projetado pela norte-americana Populous, está sendo construído através de uma Parceria Público-Privada entre a construtora OAS Engenharia e o Governo do Estado do RN, no mesmo local onde se localizavam o estádio Machadão e o ginásio Machadinho que foram demolidos no ano de 2011. A capacidade será de 32.000 espectadores, mas contará com arquibancadas flexíveis durante o mundial de futebol que permitirá a expansão para 42 mil assentos.
O estádio venceu o 6º Prêmio de Arquitetura Corporativa na categoria Obra Pública e o prêmio Master (geral). É tido como o mais importante da categoria na América Latina. É também, segundo a revista Veja, o estádio mais "verde" e "sustentável" entre os projetados para a Copa. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, visitou as obras no início do ano.
OBRAS
A licitação foi concluída em 11 de março de 2011, com a escolha da construtora OAS Engenharia para realizar as obras e gerenciar o estádio. Para isso a empresa contará com o apoio da Amsterdam Arenas. O projeto básico foi concebido pela empresa internacional Populous Architects. As obras começaram em 15 de agosto de 2011, 15 meses após o previsto, com a terraplenagem da área onde será construído o estádio. Devido ao atraso, o estádio já está descartado para receber a Copa das Confederações que ocorrerá em 2013.
O ANTIGO PROJETO - O ESTÁDIO ESTRELA DOS REIS MAGOS - O ESTRELÃO
Este projeto substitui o projeto antigo batizado de Estádio Estrela dos Reis Magos que ia se localizar no município limitrofe de Parnamirim. Nele, o estádio teria capacidade para 45.000 pessoas. Ao redor desse estádio, seriam construídos alguns equipamentos, tais como um shopping center, bem como prédios comerciais, hotéis de padrão internacional, anfi-teatro, bosque, um lago artificial, além da re-construção dos centros administrativos do governo e da prefeitura. Entretanto, após a aprovação da cidade como sede, o governo descartou que os equipamentos ao lado do estádio seriam construídos.
Planejava-se também a demolição do centros administrativos do estado e do Papódromo de Natal, porém essas construções continuarão intactas, já o Kartódromo de Natal dará lugar a uma das áreas de estacionamento do complexo.
PROJETO FINAL DA ARENA DAS DUNAS É APRESENTADO AOS EMPRESÁRIOS NO RN
O projeto de Natal para a Copa do Mundo de 2014 foi apresentado ontem à noite, na sede da Federação do Comércio do RN (Fecomércio), aos empresários e setores de comércio e serviços, pelo arquiteto responsável, Aníbal Coutinho. Ele disse que “chega a ser risível e infantil o fato de pessoas estarem dizendo que ainda não há, de fato, o projeto da sede Natal".
O presidente do CREA/RN, Adalberto Pessoa de Carvalho, disse na edição de domingo da Tribuna do Norte, que não há, até o momento, nenhum projeto oficial do Rio Grande do Norte para a área onde será construída a Arena das Dunas, vez que esta ainda não foi registrada junto ao órgão de Engenharia e Arquitetura. O coordenador-geral do comitê potiguar, secretário de Turismo, Fernando Fernan des, observou, ainda sobre a entrevista, que não sabe a quem cabe o comando das licitações, mas que tem certeza que o consórcio é vontade tanto da prefeitura quanto do Governo do Estado.
O arquiteto Aníbal disse aos empresários que se estabeleceu uma política com os melhores profissionais do mundo para se desenhar um projeto com chances de passar pelo crivo da Fifa. “Nós fizemos um suporte para que o projeto fosse 100% financiado pela iniciativa privada e, além disso, deixasse um legado posterior à Copa”, observou.
O secretário Fernando Fernandes salientou a necessidade de fortalecer a parceria entre prefeitura e Governo do Estado para que se haja um esforço consonante no cumprimento dos prazos e realização das obras. Ele informou que representantes da Fifa indagaram mais uma vez, durante reunião temática, na última terça-feira, no Rio de Janeiro, sobre as garantias em relação a uma satisfatória hotelaria, sobre energia, mobilidade e aeroportos - “eles questionaram s obre a efetividade da construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e ampliação do Aeroporto Augusto Severo”.
Fernandes informou ainda que reuniu-se durante a tarde de ontem com membros da prefeitura e também com o arquiteto Aníbal Coutinho para acertar ajustes e detalhes da parceria das duas esferas no projeto de Natal como sede da Copa de 2014.
O presidente da Fecomércio, Marcelo Alecrim, fez um apelo para que se faça uma distribuição de tarefas entre município e Governo, no intuito de que possíveis desavenças não atrapalhem o cumprimento dos prazos e obrigações determinadas pela Fifa.
APRESENTADO AO CONPLAM O PROJETO ARENA DAS DUNASA
Em reunião extraordinária realizada na manhã de terça-feira, dia 11 de outubro, foram apresentadas aos integrantes do Conselho Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Conplam), a situação atual do licenciamento ambiental do Complexo Arena das Dunas, e as características do estádio a ser erguido para a Copa do Mundo 2014. A reunião aconteceu nas dependências do canteiro de obras do complexo.
O evento foi conduzido pelo vice-presidente do Conplam, Wilson Cardoso e contou a presença do secretário adjunto de fiscalização e licenciamento da secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Sueldo Florêncio, do secretario Extraordinário para Assuntos Relativos à Copa do Mundo (Secopa) Démetrius Torres e técnicos da OAS, empresa responsável pela construção.
Durante a reunião o adjunto da Semurb, Sueldo Florêncio, destacou que a construção do complexo Arena das Dunas é uma obra e grande complexidade e engloba uma série de outras intervenções no entorno, além do próprio estádio, como a construção de um túnel de drenagem, que é uma medida mitigadora para construção da praça esportiva, explica. Segundo ele, para dar mais celeridade ao licenciamento do empreendimento foi feito o desmembramento das licenças. “A medida que a construtora necessitava da liberação de etapas da obra, a licença era solicitada junto a Semurb”, explica.
Ainda segundo o secretario adjunto, foram expedidas quatro licenças “a primeira delas autorizava a implantação do tapume, levantamento topográfico e sondagens. A segunda licença expedida foi para a limpeza do terreno, regularização para o movimento de terra e construção do canteiro de obras e uma autorização ambiental para supressão vegetal. A terceira foi a liberação do alvará de demolição e por último foi expedida a licença de instalação e alvará de construção”, conta.
No entanto, Sueldo Florêncio, ressalta que para a expedição desta última licença, emitida em caráter excepcional devido a assinatura do empréstimo junto ao BIRD pelo Governo do Estado, foram firmados termos de compromissos entre o Governo do Estado e Corpo de Bombeiros, secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e a Semurb para finalização do detalhamento do projeto. Contudo, todos os condicionantes estão contidos na Licença de Instalação (LI), explica.
“É importante ressaltar que toda documentação analisada pela Semurb vai ser entregue para apreciação do Conselho,” disse Sueldo.
De acordo com Demetrius Torres, a obra do Arena das Dunas tem prazos e não permite aditivos. “Nós do Governo do Estado e a Prefeitura tivemos que ser ágeis, com o processo de licenciamento, porém sempre sem sair da legalidade,” diz.
Na ocasião, técnicos da OAS fizeram apresentações sobre as principais características da obra, localização dos equipamentos e do projeto de ecoeficiência a ser utilizado na construção, que vai seguir padrões internacionais. Dentro deste projeto estão as ações que contribuem para reduzir os impactos ambientais gerados e que favorecem a sustentabilidade como a reciclabilidade de materiais.
BNDES APROVA CRÉDITO PARA O PROJETO DA ARENA DAS DUNAS
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta sexta-feira que aprovou financiamento no valor de R$ 396,5 milhões para a construção da Arena das Dunas, em Natal (RN), que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Os recursos equivalem a 75% do valor total do projeto, de acordo com teto estabelecido pelo programa BNDES ProCopa Arenas, no âmbito do qual a operação foi aprovada.
A colaboração financeira reembolsável destina-se à Sociedade de Propósito Específico (SPE) Arena das Dunas Concessão e Eventos S/A (ADCE), controlada pelo grupo OAS. A SPE será responsável por construir e operar o equipamento por um prazo de 20 anos, de acordo com o modelo de concessão administrativa definido pelo governo do Estado.
Com o projeto mais atrasado entre as sedes do Mundial, a Arena das Dunas será erguida no lugar dos atuais Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado (Machadão) e Ginásio Humberto Nesi (Machadinho), que serão demolidos. Prevista para estar concluída em dezembro de 2013, a nova Arena terá 32 mil assentos permanentes. A eles serão acrescidos, durante a Copa do Mundo, 10 mil assentos temporários, para que seja atendida a exigência mínima da Fifa, de 40 mil lugares. A estrutura temporária será de responsabilidade do governo estadual.
Segundo o BNDES, o projeto seguirá o padrão internacional das arenas multiuso, de modo que o espaço possa funcionar também como centro de negócios, lazer e cultura, recebendo desde feiras de negócios e congressos até eventos como festivais de músicas e o Carnatal. Estima-se que, até sua conclusão, o empreendimento gere cerca de mil empregos diretos e outros 1.350 indiretos.
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